Tour educativo pelo mundo ajuda jovens a escolher profissão
O projeto SI Explorers é um tour educativo imersivo que percorrerá países na África, Ásia e Américas durante sete meses no ano que vem
Vários
estudantes, ao terminar o ensino médio, têm uma dúvida cruel ao ter de
escolher o que fazer na universidade. Outros tantos, ao entrar no curso,
percebem que não era bem aquilo que queriam. Um empreendedor da África
do Sul elaborou uma solução para ajudar jovens que querem se descobrir e
descobrir o mundo para, então, fazer uma escolha de carreira mais
qualificada.
O projeto SI Explorers é
um tour educativo imersivo que percorrerá seis países na África, Ásia e
Américas durante sete meses no ano que vem. Em cada parada, os
alunos-exploradores aprenderão a partir do contato com especialistas e
profissionais de universidades, institutos de ensino e ONGs locais.
“Dar aos jovens a oportunidade de aprender de uma forma
diferente, sem salas de aulas ou uma grade pré-estabelecida, é uma
maneira de fazê-los escolher o que e como querem aprender”, afirma o
criador do projeto Luke Metelerkamp, que atualmente vive na África do
Sul. Depois de se formar em artes e aprender fotografia, ele decidiu
fazer um mestrado em desenvolvimento sustentável e levar adiante a ideia
dos roteiros internacionais de aprendizagem. A jornada educativa
desenhada por Metelerkamp parte da África para a Ásia, desembarcando nas
Américas.
No início da jornada, em Moçambique, os jovens
aventureiros treinarão o controle da mente por meio de mergulhos no
Parque Nacional Kruger. Em Johanesburgo, os viajantes aprenderão sobre a
economia mais ascendente do continente, além de atravessar outras
regiões desérticas para colocar à prova o corpo e a mente por meio de
atividades como fazer rapel, caminhar e pedalar. Em outros momentos de
estadia na África do Sul, a sala de aula será a selva intocada e as
aldeias rurais, onde terão contato direto com a cultura local e
trabalharão em um projeto comunitário em Limpopo, cidade que carrega o
nome do segundo maior rio da região.
Enquanto isso, no continente asiático, os jovens
escalarão as montanhas do Himalaia, considerada a cadeia montanhosa mais
alta do planeta, e conhecerão a cultura budista, suas práticas, crenças
e tradições. O roteiro continua pela Índia, o segundo país mais
populoso do mundo, onde os viajantes estudarão sobre suas diferentes
línguas, além de sua história e economia em ascensão.
Pela América, visitarão a Califórnia, o Vale do Silício e
São Francisco, nos Estados Unidos, para percorrer as cidades que são
referência em inovações em tecnologias. Um pouco mais abaixo, na Costa
Rica, a intenção será vivenciar práticas ligadas ao meio ambiente.
“Acredito que essa maneira transdisciplinar de adquirir conhecimento
combina com temas que realmente nos põem em contato com o mundo real e
nos torna mais do que meros alunos, mas como professores, sem o
aprisionamento de uma aula de aula tradicional”, afirma Metelerkamp, que
viaja o mundo por meio doThe Sustainability Institute, organização para a qual trabalha como pesquisador e que oferece cursos de pós-graduação em desenvolvimento sustentável.
“Percebi que eu estava aprendendo muito sobre essas
viagens e que elas estavam diretamente relacionadas à minha formação.
Pensei comigo mesmo: ‘Por que não podemos começar a usar esses lugares
incríveis para ensinar aos alunos sobre como tornar o mundo um lugar
melhor?’”.
Para participar da experiência é preciso desembolsar um
valor um tanto salgado (US$ 20 mil, fora os gastos adicionais, com
viagens, hospedagem e alimentação). As inscrições estão
abertas até setembro. Há uma opção mais barata, com o mesmo espírito da
exploração, mas que vai a menos países. Em agosto e setembro deste ano,
acontecem os primeiros roteiros - já com vagas preenchidas -, para a
Índia e o Nepal. Os aventureiros passarão um mês em cada país. O
minitour é destinado especialmente a grupos escolares, estudantes de
graduação ou quaisquer profissionais interessados na experiência. “Um
brasileiro, inclusive, irá para nosso tour ao Nepal. Queremos que mais
brasileiros participem dessa experiência”, diz.
Portal Terra